Chegamos na metade de 2020. Um ano muito fora do comum para a realidade tanto das empresas quanto das pessoas. Um ano de guerra contra um vírus que se espalhou rapidamente e, devido a alta taxa de contágio e mortalidade, tornou-se o maior problema de saúde que nossa geração já enfrentou.
Esse cenário impactou diretamente as estratégias de vendas e os modelos de negócios. As marcas precisam se reinventar para sobreviver a essa crise. Analisar essa realidade e realizar a leitura de dados para transformá-la em planos de ação, requer um claro entendimento dos nossos clientes, dos consumidores dos nossos clientes e, principalmente, das novidades que essa atual realidade trouxe.
Segundo um estudo recente da Business Software Alliance (BSA), são gerados mais de 2.5 quintilhões de bytes de dados todo ano ao redor do mundo. Entre 2012 e 2020, a quantidade de dados gerados pela humanidade dobra a cada dois anos. Há uma estimativa de busca de 40.000 buscas por segundo na ferramenta de busca do Google. Sabe o que isso significa? Há milhões de dados sendo gerados por minutos. Num cenário de pandemia, essa é a única realidade que continua a mesma.
Com esse conhecimento em mente, combinamos estudos da Morgan Stanley, Delloitte e Neil Patel para montar o cenário atual. A partir do nosso entendimento dos comportamentos atuais e projetados, identificamos as singularidades de cada um dos nossos clientes e as necessidades de seus respectivos clientes. Dessa forma, a marca comunica-se assertivamente com a segmentação mais adequada ao seu negócio.
Comecemos, então, com o estudo da Morgan Stanley, traduzido e publicado pelo jornal Folha de São Paulo. A pesquisa sugere que há uma potencial segunda, terceira e, até mesmo, quarta onda deste vírus, conforme gráfico abaixo.
Em um mundo com população crescente e com trânsito intenso de mercadorias e pessoas ao redor, é bastante plausível considerar a probabilidade de eventos como a pandemia tendam a se repetir com maior frequência em momentos futuros. Em função disso, é preciso estar atento aos vários movimentos econômicos e sociais ao redor do mundo para desenvolver estratégias e, assim, saber como lidar com essas crises quando elas alcançam as nossas vidas. É nesse ponto que o estudo da Deloitte traz uma reflexão muito interessante sobre cenários de recuperação econômica durante e pós-pandemia.
De acordo com esse estudo, ele propõe três grandes estágios econômico-sociais no processo de recuperação da economia. Isso é perceptível através das três faixas verticais alternadas em cinza e branco, conforme o gráfico acima.
A primeira fase é a de Isolamento e Restrição. Nessa fase, a pandemia está bastante agressiva e a população tende a reclusão. Como é possível observar, a grande maioria dos serviços tem uma queda forte no primeiro momento, enquanto que a preocupação com alimentação, bens e serviços puramente essenciais cresce.
A segunda fase é a chamada de Estabilização, em que há o início da retomada de atividade econômica. É interessante observar que há uma sensação progressiva no setor de higiene e, por consequência, maior confiança para sair de casa e realizar diversas atividades. Dessa forma, há um aumento progressivo do consumo de outros bens e serviços que não são os puramente essenciais.
A terceira fase, chamada de Recuperação, sugere que o ciclo da pandemia está praticamente finalizado e há um novo padrão de normal que, a depender do cenário local, vai ser estabelecida por uma possível nova cultura de consumo e forma de convívio em locais públicos.
A partir dessas considerações, adquirimos algumas peças fundamentais para montar o quebra-cabeça: uma estratégia de comunicação para nossos clientes, considerando a realidade durante e pós-pandemia. Além disso, muitas vezes, como como um último complemento e análise, usamos um estudo realizado por Neil Patel. A pesquisa mostra à variação de tráfego e conversão em website, por segmento de negócio, no cenário pós pandemia. Observe os gráficos abaixo.
Com essas informações em mãos, fazemos estudos complementares para entender aspectos específicos do segmento de nossos clientes e sobre o comportamento de seus respectivos clientes. A partir dessas análises, com nosso quebra-cabeça montado, criamos uma estratégia de comunicação eficaz que atinge diretamente o público ideal.
Através desses estudos, percebe-se, então, a importância dos dados para construção de planejamentos de sucesso. O maior erro de um analista é criar estratégias baseadas somente em achismo, sem desenvolver ideias pautadas em dados e aproveitar as oportunidades oferecidas pelas mudanças de cenário. A leitura de dados é vista, assim, como uma forma de encontrar vantagens onde ninguém vê. Por isso, temos o BI tão enraizado em nosso DNA. A gente sabe que os dados fazem acontecer!